Para muitos pode parecer comum, simples fundos de lata comportados em quadro de vidro estampava a parede daquela sala me encantava pela simplicidade, junto a pequenos objetos na forma de animais ,tais objetos feitos a mão por pessoas que não precisam de muitas ferramentas para usar de criatividade e surpreender a quem realmente conhece ,era perceptível nos olhos do entrevistado orgulho e satisfação em ser difusor da arte.
A arte surgiu a milhares de anos tendo origem na era paleolítica com as manifestações dos primitivos. O artesanato Piauiense é destaque no contexto nacional e internacional. As mais variadas espécies de matérias primas fazem nosso artesanato o mais diversificado, a criatividade e a habilidade do artesão atestam o potencial e a qualidade do nosso povo, foi assim que Gilvan Santana (42) viu na região de Picos, com uma visão empreendedora e de necessidade local percebeu uma oportunidade ,formado em design de interiores já envolvido com a arte ,organizou ideias e criou o projeto onde busca catalogar,valorizar e oportunizar os talentos piauienses e suas obras, descobrir novos valores culturais representativos do nosso estado, buscando sempre romper fronteiras em nome da valorização da arte e do bom gosto piauiense. Tendo como objetivo estimular a produção cultural do estado do Piauí, promovendo intercâmbio nacional e internacional dos seus produtos.
A natureza cultural diversificada do nosso estado justifica a existência do projeto PIAUI-BRASIL, ancorando-se em elementos cosmopolitas da nossa arte, responsáveis pela condução de inúmeros piauienses ilustres para outras regiões do Brasil e do mundo. Somos uma vitrine permanente da rede mundial de computadores, abertos para o enriquecimento cada vez maior da boa imagem do estado do Piauí e de seu digno povo.
“Piaui,terra querida
Filha do sol do equador” (Antônio Francisco da Costa e Silva)
Deixe que sua arte querida seja mostrada com amor. Texto: Adão Santana
“Sou testemunha de Jeová da arte”
Gilvan Santana
“…Sou testemunha de Jeová da arte” , com risos responde Gilvan quando lhe pergunto onde encontrou as pessoas que desenvolvem o trabalho manual dos objetos, os artistas foram buscados de porta em porta, a população não tinha tanto conhecimento da arte, foi difícil no inicio,conta, as pessoas não viam a musica e a arte como forma de trabalho e sim como um passa tempo ou ate mesmo roby, perguntei então a ele de onde surgiu essa ideia de desenvolver esse trabalho, rapidamente ele responde dizendo que não foi uma ideia, foi uma necessidade e a carência que ele percebeu, conta que já viveu muitas experiências,já conheceu muita arte a fora , “tenho esse compromisso com a arte e com outras pessoas, essa ideia veio de dentro pra fora, a minha intenção é mostrar o que agente tem de melhor.
A difusão do projeto aumentou após a descoberta de artistas regionais que segundo ele são muitos, mesmo com a dificuldade de divulgação dos artistas a quinze anos atrás por não ter jornalistas que divulgassem o trabalho ,ele encontrou uma possibilidade de ampliar o projeto.
As pessoas que trabalham hoje com a arte conseguem sobreviver e sustentar sua família com o trabalho desenvolvido, trabalho esse que não era reconhecido a algum tempo atrás ,alem de trazer característica próprias da região o artesanato é tradicionalmente a produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha juntado a si um ajudante ou aprendiz.
O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitárias, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabricado de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular, segundo Gilvan essa característica da originalidade é o que diferencia de produtos industrializados, pergunto a ele se é uma área lucrativa, ele responde que sim, muito lucrativa, a demanda é muito grande, tanto para pessoas da região quanto para turistas a venda está sempre em alta.
A arte ainda contribui para o desenvolvimento local e regional, primeiro por expandir o conhecimento voltado a nossa cultura que por muito tempo foi vista com visão distorcida, depois por se tratar de economia as vendas geram lucro e consequentemente desenvolvimento para região.Os planos para o projetos estão em pauta, no momento congelado por tempo indeterminado porem é um projeto que tem muito a desenvolver.
Valdenia Gomes – Academica curso de Jornalismo Faculdade R.Sá- Picos
Gostei muito da abordagem do assunto.
Olá, as suas Postagens são muito Legais, Parabéns