Na década de 60 surgia um dos maiores bairros de Picos, o Junco. No início era uma fazenda rodeada de lagoas e açudes. Nessas lagoas existia um capim chamado junco, que era utilizado para encher colchões.
Daí surgiu o nome do bairro em homenagem a essa planta que cercava todo o povoado. Na época, existiam apenas oito casas.
– Aqui era a fazenda do seu João Martilho, ele tinha uns engenhos, tudo aqui eram lagoa e açude, tinha um capim chamado junco. Waldemar Rodrigues tinha uma loja naquela época onde ele criava muito capim para encher colchões, então o bairro ganhou esse nome, diz o presidente da Associação de Moradores do bairro Junco, Firmino Cipriano.
Ninguém nunca imaginou que o bairro junco fosse crescer tão rápido. Já são 55 anos de histórias. De lá para cá, muita coisa já mudou. Possui uma população acima de 14.795 habitantes e mais de 2.959 casas, segundo pesquisa feita pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) no inicio deste ano.
Economia
O bairro fica localizado na zona Leste da cidade, e possui um grande potencial, sediando o DETRAN, CEASA, campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), um polo de educação a distância da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), fábrica de mel, a Wenzel Apicultura, uma das principais exportadores de mel do estado.
O Junco é considerado uma cidade dentro de outra, pois sua população é maior que muitas cidades do interior do Estado do Piauí. Um exemplo disso é a cidade vizinha, Geminiano que possui uma população estimada em 5.475 habitantes no último censo do IBGE de 2010.
Morador do bairro há mais de 30 anos e presidente da Associação dos Moradores há seis, Firmino Cipriano, de 78 anos, acredita que a economia do bairro é uma dos principais da cidade.
– Temos uma feira aqui no Junco, que muitas cidades da macrorregião não têm. Todo dia tem feira, mas a maior mesmo é na sexta-feira, tudo isso é fonte de dinheiro, então um dos bairros que mais entra dinheiro em Picos é o Junco. Arrecadamos mais de 40% da economia da cidade, afirma Firmino.